Em tardes assim, como as de hoje, cansada de esperar não sei por que milagre, desanimada diante do mapa do mundo que da parede me desafia desde a meninice, começo a pensar...
Não me resigno à idéia de ter vindo à luz neste tempo, numa terra durante séculos inquieta de descobrir e saber, e depois tragicamente adormecida para tudo o que não seja olhar-se e resignar-se. Parece-me um castigo imerecido do destino e da história. Mas, como sou uma garota de ‘impossíveis’, me salvo como posso.
Agora, encho-me de uma lembrança mágica... Dos tempos que nenhuma razão me impedia de correr as sete partidas que chamavam em vão por mim. Na figura da lembrança ponho a realidade do que sou e a saudade do que podia ser.
Entrelaço no desenho do meu nome quanto à imaginação me pede de distância e de perigo. Vivo nela. E enquanto dura a memória dos seus passos, sinto-me tão verdadeira que quase sou feliz...
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Peço desculpas pelas semanas que passaram... A correria dos dias me distanciou um pouco do blog. Mas passou...
Uau, D. Juliana!
ResponderExcluirMuito BOM! Sempre passo por aqui, calada e despercebida, mas identifiquei-me tanto com esse texto, que foi impossível não comentar.
Beijos!
Eu também sou um garoto de 'impossíveis'.
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