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O Aleph, publicado em 1949, é,
provavelmente, a maior obra-prima do escritor argentino Jorge Luis Borges.
Trata-se de uma compilação de 17 contos. Com exceção de Emma Zunz e da História do
guerreiro e da cativa, que se propõem a interpretar dois fatos fidedignos,
os contos do livro correspondem ao gênero fantástico. Em suas páginas,
encontramos referências a grandes obras da literatura mundial, como A Divina
Comédia, de Dante Alighieri, O Castelo, de Franz Kafka e Os Lusíadas, de
Camões.
De todos os
contos, o primeiro é o mais trabalhado e, também, o que mais gostei. Seu tema é
o efeito que a imortalidade causaria nos homens. A esse esboço segue-se O morto. De Os teólogos basta escrever que se trata de um sonho, um sonho bem
mais melancólico sobre a identidade pessoal. A outra morte é uma fantasia sobre o tempo. Abenjacan, o Bokari, morto em seu labirinto não é memorável, apesar
de seu título terrível. Enfim, Borges investiga, em sua obra, os limites da
eternidade e da finitude em histórias sobre amor, morte, fé e poder, misturando
aos temas reflexões filosóficas, teológicas, ficção e cultura.
Ele não só criou
histórias envolventes como também causou impacto com frases de efeito. “Absurdo imaginar que homens que não
chegaram à palavra cheguem à escrita”, escreveu. “Ser imortal é insignificante; exceto o homem, todas as criaturas o
são, pois ignoram a morte”, afirmou. O Aleph é a busca pela transcendência
espiritual.
Quanto ao autor,
Jorge Luis Borges merece estar na estante de todo leitor, não apenas por sua
importância, mas por seu valor crítico, poético e filosófico sobre os temas que
se propõe abordar.
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