sábado, 24 de novembro de 2012

Honestidade insincera



O quê e a quem devo consultar? A minha consciência? A consciência coletiva? A filosofia? A ética? Os valores? As virtudes? O mundo atual ou o mundo antigo? O passado? O presente? O futuro? Mas o presente amanhã não será passado? Devo buscar os clássicos? Essas são perguntas que sempre me faço quando estou diante de uma grande dúvida. Mas...

No reinado de Ts’u havia um jovem chamado Honesto. Seu pai roubou uma ovelha e ele foi avisar o juiz, que mandou prender o culpado e resolveu puni-lo. O jovem Honesto pediu para arcar com a pena em lugar do pai. E no momento em que o castigo ia ser aplicado, dirigiu-se ao oficial:

- Quando meu pai roubou a ovelha e eu dei parte, não agi com honestidade? Quando meu pai ia receber o castigo, não estaria eu, como filho, honrando meu pai? Se forem punidos igualmente o honesto e o desonesto, quem haveria de não ser punido em todo o reino?

Ao ouvir estas palavras o juiz soltou o rapaz. Quando Confúcio ouviu a história, disse:

- Estranho! Um rapaz sujar o nome do pai para criar uma reputação para a própria honestidade! Se isso fosse honestidade, seria melhor ser desonesto.

Fui em busca de respostas para o caso acima e descobri que dissertando sobre a verdade, Francis Bacon disse que “não há devassidão mais vergonhosa para o homem do que a falsidade e a perfídia”. Por isso que Montaigne, ao indagar por que a mentira constituiria tamanha desgraça e tão odiosa acusação, afirmou: “Atribuindo justos pesos e medidas, dizer que um homem mente equivale a dizer que ele é corajoso diante Deus e covarde diante dos homens”.

Obs.: É certo que ser leal pode ser um substantivo masculino, significando “moeda portuguesa de dez réis ao tempo de D. João I”.






E você, que conclusão tira do caso acima descrito?

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