O quê e a quem
devo consultar? A minha consciência? A consciência coletiva? A filosofia? A
ética? Os valores? As virtudes? O mundo atual ou o mundo antigo? O passado? O
presente? O futuro? Mas o presente amanhã não será passado? Devo buscar os
clássicos? Essas são perguntas que sempre me faço quando estou diante de uma
grande dúvida. Mas...
No reinado de
Ts’u havia um jovem chamado Honesto. Seu pai roubou uma ovelha e ele foi avisar
o juiz, que mandou prender o culpado e resolveu puni-lo. O jovem Honesto pediu
para arcar com a pena em lugar do pai. E no momento em que o castigo ia ser
aplicado, dirigiu-se ao oficial:
- Quando meu pai roubou a ovelha e eu dei
parte, não agi com honestidade? Quando meu pai ia receber o castigo, não
estaria eu, como filho, honrando meu pai? Se forem punidos igualmente o honesto
e o desonesto, quem haveria de não ser punido em todo o reino?
Ao ouvir estas palavras o juiz
soltou o rapaz. Quando Confúcio ouviu a história, disse:
- Estranho! Um rapaz sujar o nome do pai
para criar uma reputação para a própria honestidade! Se isso fosse honestidade,
seria melhor ser desonesto.
Fui em busca de
respostas para o caso acima e descobri que dissertando sobre a verdade, Francis
Bacon disse que “não há devassidão mais
vergonhosa para o homem do que a falsidade e a perfídia”. Por isso que
Montaigne, ao indagar por que a mentira constituiria tamanha desgraça e tão
odiosa acusação, afirmou: “Atribuindo
justos pesos e medidas, dizer que um homem mente equivale a dizer que ele é
corajoso diante Deus e covarde diante dos homens”.
Obs.: É certo que ser leal pode ser um
substantivo masculino, significando “moeda
portuguesa de dez réis ao tempo de D. João I”.
E você, que
conclusão tira do caso acima descrito?
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