Ontem, sexta-feira 03 de Junho, Sandy se apresentou aqui, em Recife, no Chevrolet Hall. Pela primeira vez, a cantora trouxe para a capital pernambucana o seu trabalho solo. Eu, como não poderia deixar de ser, confirmei presença.
Esta semana escrevi no Twitter a seguinte frase: “A volta da minha heroína a esta linda cidade faz-me SEMPRE estremecer o coração. Sempre.” Quem me conhece sabe, eu acompanho a carreira da Sandy desde o ano 2000, o que não me torna, por este motivo, uma pessoa musicalmente menos crítica em relação a ela. Do contrário, a ‘paixão’ me faz exigir mais da Sandy, porque eu sei do que ela é capaz.
Para começo de conversa, ela é uma grande cantora. Ainda que você não goste, não pode negar (até porque estaríamos discutindo gostos e não eficiência). Se faz necessário ressaltar, ainda, que não é qualquer um que consegue se desfazer de uma carreira de sucesso, consolidada ao lado do irmão e voltar com força total, lotando teatros.
Sobre o dia de ontem, aconteceram algumas coisas engraçadas comigo. Primeiro, estava na ponta da fila. Sim, quando cheguei ainda não tinha ninguém. Tive o privilégio de, apenas acompanhada da minha mãe, escutar a Sandy ensaiando a música “Dias iguais”, momento que encheu meu coração de amor e renovou minha paixão por ela. Foi de arrepiar. Conheci muita gente legal, com as quais trocarei “figurinhas” nos próximos dias.
Até aí, tudo bem. O fato é que eu também tinha o ingresso de número menor entre todos que estavam presentes no momento. Fui a 11º pessoa a comprar o ingresso do show Manuscrito. Também tive meus 15 minutos de fama. Isso mesmo. O fato de estar na ponta da fila chama a atenção, e eu não imaginava que fosse tanta. As pessoas, a todo o momento, nos fotografavam; as câmeras de TV nos filmavam.
Na abertura dos portões, ao passar pela catraca, uma jornalista corria atrás de nós, perguntando qual a sensação de ser a primeira da fila. Ao adentrar a casa de show, outra jornalista da TV Clube PE/Band me entrevistou. Ela perguntou o que eu esperava do show de Sandy e eu disse que esperava, apenas, que a estréia da turnê solo em terras nordestinas fosse inesquecível – como, de fato, foi. Fez algumas outras perguntas, e, ao final, me pediu para cantar. Mas, pelo bem geral dos telespectadores, eu não cantei.
Esses foram os mais marcantes, entre outros canais de TV e de internet que nos filmavam a todo o momento. Fora isto, as pessoas pediam para tirar fotos comigo, no meio do show, inclusive. Fiquei muito, MUITO, envergonhada e por isto, da próxima vez, tentarei não ficar na ponta da fila (rs).
Sobre o show, cumpre destacar a abertura feita pela simpática cantora Luiza Possi. Em verdade, a grande maioria estava lá para prestigiar a Sandy, mas a Luiza foi feliz, e bem aceita pelo público. Em seu show de 1h15min de duração, ela apresentou algumas canções de cantores consagrados, canções próprias de sucesso e canções novas. Talentosa, Luiza aparece tocando guitarra. Em seguida tocou teclado e fez um acústico com o violão (segundo ela, aquilo só acontecia em locais muito especiais). Além da simpatia marcante, ela é bastante carismática e linda.
Ao fim do show de Luiza Possi, tivemos mais meia hora de espera até a grande estrela da noite aparecer: Sandy. Linda no seu vestido preto, ela levantou a platéia que não permaneceu, em momento algum, sentada. Creio que a Sandy derrubou algumas barreiras e surpreendeu. Todos esperávamos um show monótono, calmo, de MPB. Mas não, aquela antiga Sandy estava lá no palco, com suas músicas Pop, com uma levada de guitarra forte, levando o público ao delírio.
Durante a apresentação, Sandy complementou o seu repertório com alguns covers, de excelente gosto, afinal. A cantora interpretou Legião Urbana, Lulu Santos, Lenine, Marisa Monte e Oasis. Sandy ainda se arrisca tocando panderola, surdo e piano. E me surpreende, com uma presença de palco e uma desenvoltura que eu pensava difícil, sem a companhia do Junior.
Durante a apresentação o público puxou algumas canções antigas de sucesso ao lado do irmão. E com toda a sua simpatia, a Sandy cantou. Acompanhou o público em todas as músicas, entre elas “Inesquecível”. Recebeu todos os presentes que o público estava dando e colocou-os próximos a ela no palco.
O que eu posso realmente concluir é que, de todos os shows que eu acompanhei de Sandy e Junior (e não foram poucos), o show solo da Sandy foi, sem dúvida, o melhor. Mas o melhor mesmo.
A “pequena notável” surpreendeu a todos e ainda me fez descobrir que o amor que sinto por ela é maior do que eu imaginava.
“Tentativas vãs de descrever
o que me calou...
Me roubou palavras e chão e ar,
me roubou de mim...”
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