Estou ouvindo agora a linda música do filme “A Vida é Bela”, de Roberto Benigni. O filme é de 1997 e conta a saga do livreiro Guido que foi levado para um campo de concentração nazista, na Itália dos anos 40.
Mesmo ciente da gravidade da situação, o pai conseguiu com muita imaginação transformar os horrores da rotina do campo de concentração em regras de uma gincana divertida, pelo menos aos olhos do filho de 6 anos. O intuito era proteger o filho do terror e da violência que o cercava. O filme traz o contraste entre as pedras e as flores, entre a vontade de ser feliz e a monstruosidade da guerra. Entre o desejo de amanhecer e as agruras da noite longuíssima.
Com espírito leve, porém crítico, comoveu platéias ao falar de um dos maiores dramas do século XX: o holocausto.
Ou seja, apesar de tudo a vida é bela e digna de ser vivida. É esse otimismo incansável que impregna a história de Guido e sua família do começo ao fim, e a torna, como seu diretor disse, um hino ao fato de sermos condenados a amar poeticamente a vida porque ela é bela. O pai ia para a morte e se preocupava com a vida do filho.
Milhões de judeus morreram assim, e mesmo sendo uma judia, Hannah Arendt justificou os males do mundo como a ausência do amor. O amor pela pessoa humana, o amor pela natureza.
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