sábado, 23 de outubro de 2010

Escrevendo o meu destino

Um poeta cubano, ao comentar as dificuldades causadas pelo embargo econômico que prejudica a Ilha, disse palavras lapidares:

"O nosso vinho é amargo, mas é nosso vinho".

Tenho certeza de que haveria menos frustração no mundo, e muitos vitoriosos a mais, se as pessoas encarassem a derrota até como um vinho amargo, mas como um vinho conquistado por elas próprias. A falta de tentar, ainda que se erre, é a causa da falta de muitos acertos.

Quisera que o amigo nunca tivesse medo de tentar mais uma vez (mesmo que fosse a centésima), que nunca se assustasse com a passibilidade do erro. Pra vencer é preciso arriscar a perder, e se perde-se, aprende-se, persiste-se, vence-se, mais cedo ou mais tarde.

Há uma propaganda da Nike em que Michael Jordan, considerado o melhor jogador de basquete de todos os tempos, vai dizendo que errou 9.000 cestas, que perdeu tantos jogos, que 26 vezes pensaram que ele faria a cesta da vitória no último segundo e ele errou, etc. Depois de narrar tantos reveses, ele conclui dizendo que é por isso que é um vencedor.

Há ainda uma outra propaganda com o mesmo atleta na qual ele também vai conversando com o telespectador e pede que a gente duvide de que ele ainda é capaz, de que é rápido, de que pode voar, etc. Em seguida ele "voa" e faz uma "enterrada" espetacular. A dúvida, para ele, é um desafio. Duvide dele e o mesmo terá mais vontade de ir lá e fazer. Afinal, erros e dúvidas nossas ou de terceiros não impedem a vitória, nem mesmo a perfeição.


Hoje começa a corrida dos vestibulandos por uma vaga em uma Universidade. Gostaria de aconselhar:

Há casos em que o objetivo é nobre, mas equivocado. Muitos vão fazer um curso superior para agradar seus pais, para cumprir o sonho "herdado" (talvez eu me encaixe aqui). É mais do que comum a seguinte história: João queria ser aviador e não foi, assim, desde criança, "trabalha" a cabeça de seu filho José para que ele o seja. Às vezes, pior, é que João é médico, mas seu pai (Pedro) queria que ele fosse advogado. Então, João transfere a "responsabilidade" de ser advogado para José (ele não fez a vontade de seu pai Pedro, mas José - seu filho - o redmirá). Você conhece histórias como essa, não?

Bem, o resumo da história é o seguinte: sonhos são pessoais e intransferíveis. Trabalhar pelo sonho alheio é matar o próprio e semear a própria frustração.

Você é livre para fazer suas escolhas,
mas é prisioneiro das consequências.

Um comentário:

  1. Muito legal seu blog e a escrita de suas ideias.
    Parabéns.
    Abraços.

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Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo. Obrigada por comentar!