sábado, 30 de outubro de 2010

O avesso de mim mesma


Hoje resolvi falar de mim. Uma invasão na própria intimidade.

É difícil escrever em uma folha em branco todas as palavras que não consigo dizer. Talvez por medo de sofrer... Talvez por medo de sentir... Talvez por medo de despertar... Mas o que? Ando em busca de respostas. Quem eu fui? Quem sou? Quem serei? Talvez alguém que caminhe sobre os passos de outrem. Ou pior... alguém que se perdeu e não sabe o caminho de volta.

Não. Não faço drama. Do contrário, tento fazer de minha vida uma comédia... Isso me faz lembrar que por trás de todo palhaço se esconde um ser humano como qualquer outro, com angústias, medos, anseios...

Meu navio naufragou. Mas aqui estou, sobrevivi! Porém, vejo água ao redor. Busco por um sinal de terra firme, mas... só vejo água. Por enquanto "escuto no silêncio que há em mim e basta..."

Talvez eu seja mesmo uma criança. Alguém que não amadureceu o suficiente para encarar a vida como ela é. Talvez eu seja mesmo uma sentimentalista barata. Um livro, de capa dura, com uma história igual aos demais. O enredo é diferente, mas, de certa maneira, o final é sempre o mesmo. Mas neste caso, eu sou a personagem principal onde não existe um autor, a não ser... eu mesma. Mas por que não tenho domínio sobre a minha própria história? Essa resposta eu também não tenho. Quem sabe eu esteja procurando no lugar errado...

Hoje sou uma exploradora de silêncios, mas que silêncios encontrei nos silêncios que eu possa contar com confiança? O amor não conhece a sua própria profundidade até o dia da separação...

Tentei expressar com palavras, mas muitas permanecem em meu coração. Porque não posso falar do mais profundo do meu ser...


*****

“Às vezes ando só, trocando passos com a solidão.
Momentos que são meus e que não abro mão.

Já sei olhar o rio por onde a vida passa,
sem me precipitar e nem perder a hora.
Escuto no silêncio que há em mim e basta...”

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