Ciência e tecnologia são assuntos de que gosto muito. Então reservei esse espaço, hoje, para falar dos microssistemas eletromecânicos, ou melhor, os microrrobôs.
Os microrrobôs são uma das mais recentes ferramentas de alta tecnologia para fins de vigilância. Eles foram apelidados de “mosca na parede”. Literalmente.
Ainda que robôs microscópicos com controle remoto pareçam saídos da ficção científica, na verdade já existem desde os anos 1990 - tanto os modelos “nadadores” quanto os “voadores”. Os “nadadores” – nanossubmarinos do tamanho de um grão de sal – podem ser injetados na corrente sanguínea de uma pessoa, como no filme Viagem Fantástica. Podem ser usados por clínicas e hospitais mais avançados para ajudar os médicos a navegar pelas artérias usando um controle remoto. Assim podem observar transmissões ao vivo de imagens intravenosas e localizar bloqueios arteriais sem jamais utilizar um bisturi.
Ao contrário do que poderíamos imaginar, construir um microrrobô voador é ainda mais simples. O conhecimento de aerodinâmica necessário para fazer uma máquina voar está disponível desde o vôo de Santos Dumont (ou dos irmãos Wright em Kitty Hawk , como queira), e a única coisa que precisava ser resolvida era a questão da miniaturização. Os primeiros microrrobôs voadores, projetados pela NASA como ferramentas de exploração remota para futuras missões em Marte, mediam pouco mais de um palmo. Contudo, com os recentes avanços em nanotecnologia, na fabricação de materiais ultraleves capazes de absorver energia e em micromecânica, os microrrobôs voadores se tornaram uma realidade.
O grande avanço veio do novo campo da biomimética, ou seja, como copiar a Mãe Natureza. Logo ficou claro que libélulas miniaturizadas eram o protótipo ideal para esses ágeis e eficientes microrrobôs voadores.
O mecanismo de reabastecimento dos microrrobôs foi outro grande avanço. Os primeiros protótipos só podiam recarregar suas células de energia quando se posicionavam diretamente sob uma luz intensa, o que obviamente não era ideal para mantê-los ocultos ou usá-los em locais escuros. Os novos modelos, contudo, podem recarregar-se simplesmente parando a poucos centímetros de um campo magnético. Isso é particularmente conveniente, pois nos dias de hoje os campos magnéticos se tornaram onipresentes, além de ficarem discretamente posicionados. Tomadas, monitores de computador, motores elétricos, alto-falantes, telefones celulares... Parece haver um número infinito de obscuras estações de recarga. Uma vez que o microrrobô seja introduzido com sucesso em um local, ele poderá transmitir áudio e vídeo quase que indefinidamente.
Se você se interessa pelo assunto, assim como eu, pode clicar AQUI e ler um artigo sobre robôs no corpo humano.
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