quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Marley & Eu


Após muito relutar, finalizei a leitura do livro “Marley & Eu”, do John Grogan, aos prantos. Chorei com o desfecho da história de um maravilhoso e neurótico cão chamado Marley, ou melhor, Grogan’s Majestic Marley of Churchill (sim, este era o verdadeiro nome do Marley).

Marley viveu cada momento intensamente, ensinou muitas coisas... Às vezes encarnava o “Marley Mambo”, que era a versão Marley com uma injeção de adrenalina extra.

Apesar de arrebentar portas, romper paredes de compensado, babar nas visitas o coração de Marley era puro. Da mesma forma que ele recusava alegremente qualquer limite ao seu comportamento, seu amor e lealdade também eram ilimitados. Marley repartia o contentamento do casal, John e Jenny, em sua primeira gravidez e sua decepção quando sobreveio o aborto. Ele estava lá quando os bebês finalmente chegaram e quando os gritos de uma adolescente de dezessete anos cortaram a noite ao ser esfaqueada. Marley “fechou” uma praia pública e conseguiu arranjar um papel num filme de longa-metragem, sempre conquistando corações ao mesmo tempo em que bagunçava a vida de todo mundo. Por todo esse tempo, ele continuou firme, um modelo de devoção, mesmo quando sua família estava quase enlouquecendo. Eles aprenderam que o amor incondicional pode vir de várias maneiras.

Algumas citações do livro:Ele atravessava a vida alegremente com um gosto mais frequentemente associado aos desastres naturais” … “Ele foi o único cão que conheci que foi expulso da escola de adestramento” … “Quanto a sua mente, vamos apenas dizer que ele perseguiu seu rabo até o dia em que morreu” … “Seria possível que um cachorro pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria.” … “Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve.” … “Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele.”

Apesar de tudo, digo que o livro não fez meu gosto de leitura, por isto relutei em lê-lo. Por duas vezes comecei e só agora finalizei. Simplesmente porque o livro gira em torno de um único fato: um cachorro hiperativo (dando a sensação de que, às vezes, a história congela).


Porém é uma boa indicação de leitura para os apaixonados por cães. Quem sabe você descobre que o seu cão não é, como pensa, o pior cão do mundo!

Com relação ao filme, baseado nos relatos de John Grogan, creio que houve uma falha. Eu considero uma das partes principais da vida de Marley, a sua participação no longa-metragem “A Grande Jogada”. No filme, esta participação não existe.

Ah, se você não teve a oportunidade de ver o Marley verdadeiro em ação, CLIQUE AQUI e veja algumas cenas do filme em que ele participou. Marley teve um papel fundamental: ser ele mesmo.


Hoje em dia, Marley “descansa sob a cerejeira”.

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Referências aos trechos aqui publicados:

Marley & Eu: a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo / John Grogan; [tradução Thereza Christina Rocque da Motta, Elvira Serapicos]. – São Paulo: Prestígio, 2006.

Título original: Marley & Me: life and love with the world’s dog.

1. Cães: Biografia.

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