sábado, 14 de janeiro de 2012

Ausência de preconceito ou falta de conceito?


Pergunto: E aí, qual teu estilo musical favorito?
Resposta: Eu gosto de tudo, sou bastante eclético!

Se tem uma coisa que eu detesto, é quando alguém se diz ‘eclético’. Imagine uma pessoa gostar igualmente de punk, axé, pop, samba, sertanejo de raiz, MPB, música clássica, jazz, funk e companhia. No mínimo eu pensaria que a pessoa não quer ficar ‘mal na fita’. Não quer arriscar e prefere aparentar se encaixar em qualquer estilo, sem preconceitos. Pensei: não é a toa que alguém inteligentemente já disse que “quem gosta de tudo, não gosta de nada”. Mas eu sei guardar os pensamentos para mim... Eu poderia tentar explicar melhor, mas o eclético não me daria ouvidos.

Seria ausência de preconceito ou falta de conceito? Deixo a questão no ar.

Eu sou fã da MPB e suas derivações. Curto Bossa Nova, Jazz... Aprecio um Pop com moderação. Não gosto, mas respeito o Rock. Agora Funk, Pagode, Happy Rock (esse estilo meio Restart), coisas do tipo “popular demais”, que toca em qualquer esquina, são uma agressão ao meu tímpano. Não porque é popular demais, a questão aqui é que é ruim de verdade! Desgraçadamente ruim.

É óbvio que existem pessoas que gostam de coisas totalmente distintas entre si, mas jamais irá defendê-las com o mesmo... fanatismo. Pra um lado essa pessoa terá de pender, eu garanto. É como dizer que sou fanática pelo Sport Clube do Recife, mas amo o Náutico em igual proporção. Mentira deslavada.

Correm notícias de que vai ter um show de um tenor e que ele vai cantar de Andrea Bocelli a Chiquinha Gonzaga. Não é o máximo? Não, não é. E se quer saber, eu não iria a esse show. E nem adianta dizer que eu sou uma pessoa preconceituosa por escrever algo assim no blog. Dizer que é preconceito é uma coisa tão clichê. Use de argumentos inteligentes, isso aqui é uma discussão musical. Não se deve receber a crítica como uma ofensa pessoal, mas, sim, como uma boa oportunidade para discutir um tema. Pense nisso. Desça do pedestal. Nem sempre gostar de tudo é um bom sinal.

2 comentários:

Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo. Obrigada por comentar!