Sempre chega a hora da solidão
Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato
Na pressa a gente não nota que a lua muda de formato
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô
Confundo a vida ser um longa metragem
O diretor segue o seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos
E já não vai ao cinema
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você...
Penso quando você partiu, assim, sem olhar pra trás
Como um navio que vai ao longe e já nem se lembra do cais
Os carros na minha frente vão indo e nunca sei pra onde
Será que é lá que você se esconde?
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você...
A idade aponta na falha do cabelo
Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário
As meninas viram a página do diário
O tempo faz tudo valer à pena
E nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início
Deixa de ser início e vai chegando ao meio
Aí começo a pensar que nada tem fim
Que nada tem fim...
(Ana Carolina)
Olá galera, sejam bem-vindos ao Avesso dos Ponteiros! Meu antigo blog, Música e Paixão, foi excluído, então, a partir de agora, este é o nosso novo ponto de encontro.
Entrem e fiquem à vontade!
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